Na preparação da festa dos 300 anos do encontro da imagem de Aparecida, somos convidados a cultivar três verbos: testemunhar, acolher e entregar-se.
Testemunhar. Há os que se dirigem a Aparecida em busca de milagres; não poucos os recebem. A maioria, contudo, volta para casa testemunhando um outro milagre: o da transformação do próprio coração. Em seu coração passa a brilhar uma pequena chama de esperança, de compaixão e de ternura. Tendo tomado consciência da necessidade de viverem como filhos e filhas da luz, esses romeiros passam a ser testemunhas da luz que é Jesus Cristo.
Acolher. Diariamente, milhões de brasileiros, com simplicidade e fervor, voltam seu olhar para a Mãe de Jesus, a Senhora Aparecida. Ela está presente num cenáculo que tem o tamanho do Brasil. Muitas das intenções que seus filhos e filhas colocam em seu coração materno têm a marca do sofrimento. Pensemos na violência, no medo, na incerteza quanto ao dia de amanhã; pensemos nos injustiçados, nos que vivem problemas familiares e nos que sofrem em consequência do desemprego, de doença, de enfermidade, de solidão, dos desafios, por serem migrantes; pensemos nos que sofrem por causa do nome de Cristo... Tudo isso é apresentado a Maria, como a lhe lembrar: Mãe, nós não temos vinho! Falta-nos, muitas vezes, a alegria; nossa festa está ameaçada. Além de nos ouvir e de apresentar nossas intenções a seu Filho, a Mãe Aparecida nos ensina que nossa oração tem seu ponto alto quando nela acolhemos os que sofrem. Olhando para o mundo e, particularmente, para o nosso país, com a Senhora Aparecida e como ela, tendo constatado a própria impotência, devemos dizer a Jesus: "Eles não têm mais vinho!"
Entregar-se. Neste Santuário, transparece a misericórdia divina. Nossa Senhora Aparecida nos lembra o quanto somos amados por Deus. Ela nos recorda que o Senhor jamais nos abandona; que nenhum de nós é por Ele esquecido. Ao contrário: Deus pousa o seu olhar de amor sobre nós e nos chama à vida, à vida envolvida pela alegria e pela paz. Entregar-se a Deus é encontrar o caminho da verdadeira liberdade; voltar-se para Ele é dar um sentido para a nossa própria vida.
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