Artigo Dom Murilo Krieger

Dom Murilo SEBASTIÃO RAMOS Krieger, scj
Arcebispo Primaz do Brasil e de Salvador.

Movimento Shalom – Diocese de Taubaté
1º Congresso Shalom – 10 de julho de 2004

Dom Murilo Krieger, SCJ

O CARISMA DO MOVIMENTO SHALOM

Introdução


            Passados trinta e cinco anos de sua existência, o Movimento Shalom se dispõe a parar para colocar-se diante de Cristo, da Igreja e dos jovens, e refletir sobre si mesmo. Quer conhecer melhor a razão de sua existência e os desafios de sua missão. Com esse objetivo, olha para o passado, encara os desafios do presente e se dispõe a caminhar, com renovada disposição, em direção do futuro. Este momento, pois, é um kairós, um tempo de graça.
            O que o Movimento Shalom busca é, em síntese, uma atualização. Essa atualização compreende, ao mesmo tempo, (1) um retorno às fontes da vida cristã, (2) um reencontro com a inspiração que lhe deu origem e (3) uma adaptação às novas condições dos tempos.
            É sobre esses passos que venho refletir com vocês, em resposta ao convite que me foi feito.

  1. Um retorno às fontes da vida cristã
Não por acaso, desde o início do Movimento, no começo da década de setenta – os encontros, na verdade, começaram antes, em julho de 1969 –, o Movimento Shalom escolheu como padroeiro São João Batista. Melhor do que ninguém, ele pode ajudar o Movimento a retornar às fontes da vida cristã.
Para nos ajudar nessa reflexão, utilizo-me de um texto em que o evangelista Marcos descreve a ação daquele que é chamado de Precursor. Destaco três momentos na passagem de Mc 1,1-12:

1.1   – “Veio João, batizando no deserto e pregando um batismo de conversão” (Mc 1,4)

Na linha da ação de João Batista, o Movimento Shalom propõe aos jovens uma mudança de vida, tendo em vista uma alegre notícia: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Nova” (Mc 1,15). Entende-se por Reino de Deus o domínio da vontade de Deus sobre a humanidade e o universo. Jesus de Nazaré inaugurou o Reino de Deus que, portanto, já existe, embora sua realidade se deva estender e se manifestar sempre mais, até o fim dos tempos. Embora o tempo antigo, marcado pelo pecado, de certa forma ainda continue, o tempo novo já começou e se realiza onde o discípulo de Jesus procura fazer a vontade do Pai, tanto no nível das relações pessoais como no das estruturas e da organização da sociedade. A conversão, pois, é em vista de uma proposta: viver “por Cristo, com Cristo, em Cristo”. O ideal a ser alcançado foi sintetizado de forma extraordinária pelo apóstolo Paulo: “Eu vivo, mas não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

1.2   - “Eu vos batizei com água. Ele [Cristo] vos batizará com o Espírito Santo” (Mc 1,8)

        O Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus, através da inserção em Cristo e da habitação do Espírito Santo. Não podemos nos contentar com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial. Desejar receber o Batismo significa querer ser santo – isto é, colocar-se na estrada do radicalismo do Sermão da Montanha: “Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste” (Mt 5,48). Tudo isso exige que “programemos a santidade”, isto é, que saibamos aonde queremos chegar e os meios que utilizaremos para atingir os objetivos propostos (cf. João Paulo II, Novo Millennio Ineunte – NMI, 30-31). O Movimento Shalom deve ajudar os jovens a querer ser santos, oferecendo-lhes uma pedagogia de santidade. Cheios do Espírito Santo, saberão, então, “tornar-se os primeiros e imediatos apóstolos dos jovens” (Concílio Vaticano II, AA, 12).

1.3   - “Do céu veio uma voz: “Tu és meu Filho amado; em ti está meu pleno agrado” (Mc 1,11)

Jesus manifestou claramente que se sentia profundamente amado pelo seu Pai e que o amava ternamente. Em razão disso, tinha um único desejo: fazer Sua vontade. A Nicodemos, deu a razão de sua presença entre nós: “Tanto Deus amou o mundo que lhe deu Seu Filho único” (Jo 3,16). O autor da Carta aos Hebreus começa seu livro constatando: “Muitas vezes e de muitos modos, Deus falou outrora aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por meio do Filho” (Hb 1,1-2). O Pai, apontando seu Filho, pede-nos clara e diretamente: “Escutai-o!” (Mt 17,5). Escutando-o, a Igreja tem condições de refletir a luz de Cristo em cada época da história. Só se chega a Jesus pelo caminho da fé. Foi o que ele próprio assegurou a Pedro, quando esse testemunhou: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (Mt 16,16). Com o apóstolo Tomé, a Igreja aprendeu a prostrar-se em adoração diante do Ressuscitado e a proclamar: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28). (Cf. NMI, Capítulo II).
Em toda a ação evangelizadora e em todo trabalho pastoral, Cristo é o ponto de partida da Igreja. Ela vive de uma certeza: “Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo” (Mt 28,20). Dessa certeza nasce um novo impulso para a vida cristã. “Não nos move a esperança ingênua de que possa haver uma fórmula mágica para os grandes desafios de nosso tempo; não será uma fórmula a nos salvar, mas uma Pessoa, e a certeza que ela nos infunde: “Eu estarei convosco!” (cf. NMI, 29).
Sendo assim, não se trata de inventar um programa novo para a Igreja e, conseqüentemente, para o Movimento Shalom. “O programa já existe: é o mesmo de sempre, expresso no Evangelho e na Tradição viva” (NMI, 29). Mas, é necessário traduzir esse programa em orientações pastorais adequadas à realidade do Movimento Shalom.


  1. Um reencontro com a inspiração que deu origem ao Movimento Shalom

2.1   – Um pouco de história

Vivíamos, na segunda metade da década de sessenta, um momento especial na Igreja: o Concílio Vaticano II (1962-1965) havia terminado, presenteando-nos com uma série de documentos que começávamos a ler. Novos horizontes se abriam para a Igreja. Entre as inúmeras propostas que o Concílio fazia, uma se destacava: a de uma maior participação dos leigos e leigas na vida da Igreja e na sua missão no mundo.
Antes disso, em 1949, na Espanha, haviam surgido os Cursilhos de Cristandade, que propunham ajudar os leigos a descobrir sua vocação e missão. Trazidos para o Brasil na década de sessenta, logo se espalharam, despertando em muitos adultos o desejo de ver essa experiência adaptada a seus filhos, para que também esses descobrissem as riquezas da Igreja. Fruto desse desejo, surgiram, em 1968, na cidade de São Paulo, os Encontros de Jovens. As primeiras experiências não passavam, realmente, de uma adaptação dos Cursilhos. Pe. José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho), que havia sido destacado por sua (e minha) família religiosa, a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, para o trabalho vocacional, participou dessa iniciativa. Em julho de 1969, trouxe esses Encontros para o Conventinho, de Taubaté. A maioria dos dirigentes e a quase totalidade dos participantes dessa primeira experiência no Vale do Paraíba era da cidade de São Paulo. Não se pensava num trabalho de continuidade. Mas logo surgiu um problema: como possibilitar essa mesma experiência para as namoradas e irmãs dos jovens que haviam feito o Encontro? A resposta foi dada em novembro do mesmo ano, com a realização, em São José dos Campos, do primeiro Encontro Feminino.
Tendo participado da organização do 1º Encontro e permanecido em Taubaté após minha ordenação presbiteral (07.12.69 – no final de 1970, fiquei totalmente liberado para os trabalhos do Movimento Shalom), pude continuar ajudando na organização dos novos encontros. Em pouco tempo, sentíamos (o verbo no plural é para não precisar elencar detalhes desses inícios – isto é, uma longa lista de nomes, fatos, decisões e circunstâncias -, muito interessantes, mas que nos levariam para longe da finalidade dessa reflexão) que era preciso um nome para o Movimento (o nome escolhido causou estranheza, pois a palavra “Shalom” não era conhecida na época, e soava estranha aos ouvidos de muitos); um padroeiro (agradava-nos o gesto do Precursor de Cristo, que depois de apresentá-lo, saiu discretamente de cena); um símbolo (cruz com duas flechas); uma organização (foi formado o primeiro Secretariado); um material (apostilas, caderno do Reitor, esquemas de palestras, etc.); um incentivo à formação de grupos, para acolher os que participavam dos encontros; uma casa para a realização dos encontros (“A Casa de Shalom”, em Pindamonhangaba, que nos acolheu por quase dez anos e que foi fundamental para aqueles primeiros anos, ainda mais que estava destinada exclusivamente às atividades do Movimento Shalom); um aprofundamento da experiência inicial (surgiram os Encontrões e, também, diversos cursos)... Assim, aos poucos, o Movimento Shalom foi crescendo e se expandindo, inclusive para outras dioceses: Rio de Janeiro – RJ, Marília – SP, Luz – MG, Araçuaí – MG, etc. Durante vários anos, foi mantido um contato com elas, inclusive com a realização de Simpósios.
      De início, visto com desconfiança por alguns padres da Diocese de Taubaté – Diocese que, na época, compreendia, também, a região geográfica da atual Diocese de São José dos Campos -, o Movimento conquistou, aos poucos, sua simpatia e passou a receber seu apoio. Daquele que era o Bispo Diocesano no início do Movimento, Dom Francisco Borja do Amaral, recebeu irrestrita aprovação, a ponto de ter sido presenteado com o terreno em que foi construída a atual Casa de Shalom, com recursos obtidos da venda de parte do próprio terreno doado. Seu sucessor, Dom José Antônio do Couto, Bispo Diocesano de Taubaté, de 1976 a 1981, que como padre já tinha sido fã incondicional do Movimento, acompanhava com vivo interesse tudo o que era planejado e feito. Dom Couto pediu que o Movimento Shalom implantasse na Diocese de Taubaté a Pastoral da Juventude, que começava a se organizar pelo Brasil afora.

2.2 – O carisma do Movimento Shalom

    Segundo o Concílio Vaticano II, não é só por meio dos sacramentos e dos ministérios que o Espírito Santo santifica e conduz o Povo de Deus, e o enriquece de virtudes. Repartindo seus dons “a cada um como lhe apraz” (1Cor 12,11), ele distribui entre os fiéis de qualquer classe até graças especiais. “Por elas os torna aptos e prontos a tomar sobre si os vários trabalhos e ofícios, que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja” (LG, 12). Esses carismas devem ser recebidos com gratidão.

   
Passados trinta e cinco anos, é com renovada gratidão que o Movimento Shalom se volta para o Senhor. Vocês resolveram dedicar estes dias para redescobrir o carisma do Movimento: “O Shalom é um jeito jovem de ser Igreja. Esse “jeito” é o que nos caracteriza, é o nosso carisma que enriquece a todos. Todo este projeto de voltar ao Primeiro Amor (cf. Ap 2,2-4) culminará no 1º Congresso Shalom” (Projeto: De volta ao Primeiro Amor, do Secretariado do Movimento Shalom).
O carisma original do Movimento Shalom não se encontra na Casa de Shalom. Ela é de uma utilidade única. É uma graça especial ter esse espaço privilegiado. Mas ela surgiu num segundo momento – isto é, bem mais tarde, depois de longa caminhada. O Movimento poderia existir e cumprir perfeitamente seus objetivos sem ter uma casa própria. Portanto, não é o Movimento Shalom que deve existir e atuar em função da Casa de Shalom, mas a Casa é que deve servir para o Movimento poder cumprir melhor sua finalidade.
O carisma original não está nos encontros – isto é, nas jornadas, encontrões, retiros ou cursos. Eles foram os meios usados desde os primeiros tempos para se conseguir atingir os jovens. Passados mais de três décadas, creio que esses meios, com as mudanças e adaptações que foram feitas ao longo da caminhada, e com outras que se vão mostrando necessárias, continuam sendo importantes. É uma graça na vida de um/uma jovem poder fazer uma parada em sua vida, numa experiência semelhante a que Jesus possibilitou a seus apóstolos: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!” (Mc 6,31). Além da possibilidade de ouvir o Mestre (“Vou conduzi-lo ao deserto e falar-lhe ao coração” – Os 2,16), os jovens, nessas experiências, descobrem novas facetas do “ser Igreja”: “Oh! como é bom, como é agradável os irmãos viverem juntos!” (Sl 133,1).
O carisma do Movimento Shalom consiste, pois, naquilo que o Espírito Santo quer dele e, em vista disso, o fez surgir, para a santificação dos jovens. “Mas qual é  esse carisma específico?” Se essa pergunta me tivesse sido feita na época em que estava à sua frente (fiquei diretamente responsável por ele até o final de 1979, quando deixei Taubaté; continuei participando de seus trabalhos até minha nomeação para o episcopado, em 1985), precisaria dar longas explicações. Hoje, é diferente. Percebo que uma passagem bíblica resume perfeitamente o que nós, jovens e adultos daquela época, sentíamos em relação a este Movimento. Em nosso coração havia um sonho, um desejo. Sentíamos ter como missão imitar o gesto daqueles dois apóstolos que foram procurados por alguns gregos, que tinham ido a Jerusalém participar de uma festa religiosa. Os gregos disseram a Filipe: “Senhor, queremos ver Jesus” (Jo 12,21). Filipe conversou com André e os dois foram falar com Jesus. A partir daí, os dois apóstolos não foram mais mencionados na descrição da cena, pois sua missão fora cumprida e eles não eram mais necessários. Agora, quem estava no centro das atenções era Jesus. E Jesus começou a ensinar: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado...” (Jo 12,23). O evangelista João não descreve o que aconteceu com os gregos depois desse encontro. Mas quem duvida que, tendo ouvido as belíssimas palavras de Jesus (Jo 12,23-36), eles tenham se tornado seus discípulos?...
“Queremos ver Jesus”: aqui está o carisma do Movimento Shalom, a razão de sua existência. O Movimento deve estar atento às necessidades dos jovens, os “gregos” de hoje; atento às suas angústias, perguntas e incertezas, à sua fome de felicidade, a seu desejo de “ver Jesus”; e, então, deve levá-los a ele. Muitos o procuram sem saber seu nome, sem saber que ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida”, sem saber que “nele, e por seu sangue, obtemos a redenção e recebemos o perdão de nossas faltas” (Ef 1,7). Toda e qualquer iniciativa do Movimento Shalom, todo trabalho e todo planejamento deve ter como finalidade levar os jovens a ver Jesus.

  1. Uma adaptação às novas condições dos tempos

   
O tempo não perdoa os saudosistas. O olhar do evangelizador para o passado tem a finalidade de voltar às raízes (ao carisma, ao “primeiro amor” – cf. Ap 2,2-4), renovar seu compromisso com Jesus Cristo e ir em frente. Sabe-se que, no Reino de Deus, não há espaço para os acomodados. Quando os dois discípulos de Emaús tomaram consciência da presença de Jesus durante a caminhada que haviam feito de Jerusalém a Emaús, procuraram recuperar a experiência vivida (“Não ardia nossos corações quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” – Lc 24,32) e “naquela mesma hora levantaram-se e voltaram para Jerusalém” onde contaram aos apóstolos e aos outros discípulos “o que havia acontecido no caminho” (Lc 24, 33-34). Sabiam que, a partir da experiência que haviam feito, deviam ser testemunhas do Ressuscitado, “que tinham reconhecido ao partir o pão”.
Mais do que, a partir do carisma, falar da missão do Movimento Shalom, proponho-me dar-lhe algumas orientações. Afinal, além de estar há muito tempo em outra região, tenho consciência de que a Diocese de Taubaté tem uma caminhada própria. Assim, melhor do que eu, Dom Carmo Rhoden é que deveria falar-lhes nesse momento, e soube que já o fez em outro momento deste Congresso.
Cabe ao Movimento Shalom:

1º) Ouvir a Igreja. Ela nos pede uma nova evangelização – isto é, feita com novo ardor, novos métodos e nova expressão (cf. João Paulo II, Discurso aos Bispos do CELAM, 09.03.1983). O próprio Papa explicou o que queria dizer com isso:
- Novo ardor: “Uma evangelização nova no seu ardor supõe uma fé sólida, uma caridade pastoral intensa e uma fidelidade a toda prova que, sob o influxo do Espírito, gerem uma mística, um incontido entusiasmo na tarefa de anunciar o Evangelho”;
- Novos métodos: “Os novos tempos exigem que a mensagem cristã chegue ao homem de hoje mediante novos métodos de apostolado”;
- Nova expressão: a evangelização deve ser expressa “numa linguagem e forma acessíveis” ao jovem de hoje (João Paulo II, Discurso inaugural da IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, 12.10.1992).
No início do novo milênio, João Paulo II lembrou que “ressoam em nosso coração as palavras com que um dia Jesus, depois de ter falado às multidões a partir da barca de Simão, convidou o Apóstolo a “ir para águas mais profundas” (Lc 5,4). Essas palavras ressoam hoje aos nossos ouvidos, convidando-nos a lembrar com gratidão o passado, a viver com paixão o presente e a abrir-se com confiança ao futuro: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre” (Hb 13,8)” (NMI, 1).
No momento, a Igreja está apontando aos jovens a cidade de Colônia, na Alemanha, onde, no próximo ano, o Papa João Paulo II os acolherá na XX Jornada Mundial da Juventude. Em vista desse acontecimento, uma grande cruz de madeira, entregue pelo Papa aos jovens do mundo inteiro, em 1984, e que já percorreu diversos países, percorre agora a Alemanha, preparando seus jovens para a Jornada Mundial.
     Não seria o caso do Movimento Shalom pensar numa experiência semelhante, isto é: numa Jornada Diocesana periódica; numa cruz – mais do que presente na logomarca do Movimento, ela é da essência de seu carisma – que, entre uma Jornada Diocesana e outra, percorra as paróquias da Diocese de Taubaté; e no envio de representantes para a Jornada de Colônia?...
2º) Ouvir a CNBB. Os Bispos do Brasil assim definiram a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil no quadriênio 2003-2006: “EVANGELIZAR proclamando a Boa-Nova de Jesus Cristo, caminho para a santidade, por meio do serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão, à luz da evangélica opção pelos pobres, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, formando o povo de Deus e participando da construção de uma sociedade justa e solidária, a caminho do Reino definitivo”.
Para atingir esse objetivo geral, a mesma CNBB aprovou o Projeto Nacional de Evangelização (2004-2007), Queremos ver Jesus – Caminho, Verdade e Vida, que procurará “Anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, sua pessoa, vida morte e ressurreição para proporcionar o ENCONTRO PESSOAL com Cristo, na comunidade, e ajudar a cada pessoa na adesão a ele e no compromisso de segui-lo, realizando a tarefa missionária”.
3º) Ouvir o Bispo Diocesano. “Cada Bispo a quem se confia uma Igreja Particular, sob a autoridade do Sumo Pontífice, como pastor próprio, ordinário e imediato, apascenta as Suas ovelhas em nome do Senhor, exercendo em favor das mesmas o cargo de ensinar, santificar e reger” (Concílio Vaticano II, Christus Dominus, 11). A comunhão com o Bispo Diocesano deve levar o Movimento Shalom a estar atento às suas orientações e, por conseguinte, ao Plano de Evangelização da Diocese e à Pastoral da Juventude, com a qual procurará caminhar.
4º) Ouvir os jovens. Como os Discípulos de Emaús, os jovens esperam que o Movimento Shalom lhes apresente valores pelos quais tenha sentido viver e lutar, tais como a alegria, a amizade, a família, a oração, o espírito missionário, os sacramentos, Nossa Senhora... E, sobretudo, que o Movimento Shalom os ajude a descobrir que “a Igreja vive da Eucaristia” (João Paulo II). Nela está contido nosso tesouro espiritual, que é o próprio Cristo.

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