Oração
do Shalonita
por Werbert Cirilo Gonçalves
Senhor da Paz,
Estando no terreno propício da fé de
onde brota e surge esta oração, desejo retirar as sandálias que me impedem
tocar o chão do coração para sentir a força da Vossa graça agindo na minha
história de shalonita.
Ao conhecer o Cristo como a encarnação do Amor na história
humana e descobrir na Igreja a delicada e doce presença do Espírito Santo que
fecunda o Amor em nosso ser, aspiro não só acreditar, mas sentir a verdadeira
paz que vem de Vós.
Pai de bondade, que o bom odor do Vosso hálito invada o
meu ser e penetre no íntimo do meu espírito. Que a Vossa Palavra divina e
eterna alcance os meus ouvidos e chegue ao coração de maneira que minha boca se
abra e anuncie as Vossas maravilhas.
Purifique os meus lábios para que pronunciem sempre
palavras afáveis. Se eu pecar, me dê forças para buscar o Vosso perdão que
acolhe de braços abertos minha fragilidade humana. E quando eu for ofendido, me
ajude a amar quem me ofendeu reconhecendo que o pecador é bem maior que o
pecado.
Espírito divino que está presente em todo lugar e que tudo
preenche, iluminai com a Vossa claridade os olhos do meu coração a ponto de
fazê-los contemplar, na obra da criação, a Vossa manifesta presença. Fecunda o
solo da minha mente com a Vossa sabedoria e faça florescer na aridez dos dias
tristes a rosa da alegria que vem de Vós.
Sopro divino, infunda em meu ser a paz do Cristo
Ressuscitado. Faça de mim um autêntico sacramento da paz e me ajude a
testemunhá-la em todos os meus encontros.
Caminhe ao meu lado na Jornada da vida. Ensina-me a contemplar
a beleza do caminho. Que as pedras não sejam maiores que a tua graça. Que os
meus braços sejam fortes o bastante para carregar a bandeira da paz e que as
bagagens da minha jornada estejam repletas de símbolos de histórias felizes.
Que o sorriso nos meus lábios expresse a alegria de vos
servir: alegria que brote do meu coração e transcenda os limites da minha casa
e encontre todos os irmãos, principalmente, aqueles que precisam do meu carinho
e afeto.
Que eu seja digno de lavar os pés dos irmãos num gesto
amoroso de pertença e humildade. Que eu ouse sentar à mesa e partir o pão com o
pobre e chore a falta do amigo querido. Que eu multiplique o amor entre os
sedentos de justiça e paz e, também, carregue a cruz de cada dia com
fidelidade, pois somente após a morte vem a ressurreição. E se em algum
momento, eu tiver a impressão de estar abandonado sofrendo o ódio dos homens,
eu me lembre que ninguém repete o trajeto da Paixão sozinho.
Senhor, que a fé me possibilite contemplar sua presença
carregando a cruz ao meu lado dando coragem para vencer o ‘mundo’.
Que o caminho não perca o encanto e a jornada seja sempre
um encontro eucarístico com o Deus-homem que desejou estar conosco nos
revelando que somos amigos eternos e divinamente filhos do Pai querido que nos
ama muito e nos vocaciona a levar dentro do coração a paz.
- “Que a paz esteja conosco”!
Amém!
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