CATECISMO, OBRA DA REFORMA OU DO CONCÍLIO DE TRENTO?

Segundo o livro: O Catecismo da Igreja de Padre Wolfgang Grun, de per si, "o catecismo não foi invenção da Reforma – nem o livro nem o nome. Já desde o século VIII temos escritos que promovem o ensino da doutrina cristã para crianças, ministrados em perguntas e respostas. No século XII, Pedro Lombardo se refere a este procedimento como ‘catecismo’. Daí para chamar de catecismo o próprio livro que fornece tais perguntas e respostas o passo era pequeno.

Em 1357 o cardeal Thoresby, arcebispo de York (Inglaterra), publica o Catecismo dos Leigos (Lay Folks Catechism) em latim e em inglês. Poucos anos depois sai o Catecismo Vauriensis, da diocese francesa de Lavaur. Este e outros catecismos foram de grande valia; mas por serem manuscritos, sua divulgação era limitada. Foi a partir da imprensa que o catecismo começou a ter grande divulgação.

No século XV um livrinho da Doutrina Cristã de Santo Antonino, arcebispo de Florença, teve várias edições".

Em 1529, Lutero publica seu ‘Catecismo Alemão’ ou ‘Grande Catecismo’ seguido um mês depois pelo ‘Pequeno Catecismo’, para simples pastores e pregadores.

Em 1535, Witzel publica o primeiro catecismo católico impresso. Mas a obra clássica do gênero entre os católicos foi o catecismo encomendado pelo Concílio de Trento, o ‘Catecismo Romano’, de 1566.

O papa João Paulo II convoca em 1985, a Assembléia extraordinária do Sínodo para celebrar o Concílio Vaticano. Após o Sínodo, uma comissão é formada - presidida por Cardeal Ratzinger (hoje Bento XVI) - e elabora o atual Catecismo da Igreja Católica que foi entregue à comunidade de fé em 11 de outubro de 1992.
Em 2003, uma Comissão especial presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, recebe do Papa João Paulo II a tarefa de elaborar um compêndio a partir do Congresso Catequético Internacional de 2002. Todavia, coube ao Papa Bento XVI promulgar em 2005 o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.

WERBERT CIRILO GONÇALVES